Cia Casa de Davi

Sumidos sim, parados nunca! Fim de semestre sempre é uma loucura! E nesse fim de semestre nossa líder, Cíntia Sant'anna (que escreveu o nosso último post) que faz faculdade de dança, teve a oportunidade de fazer uma entrevista com Vivian Lazzerini uma represente da dança no meio cristão! É maravilhoso escutar um pouquinho das ideias de outras pessoas, e espero que essa seja um longo caminho a percorrermos... O do compartilhar com outras ideias, histórias e pessoas, o caminho das entrevistas. Então, aguarde e até a próxima! ;)

Espetáculo da Cia de Dança Vivian Lazzerine

1. Conte-nos um pouco da sua trajetória na dança, como tudo começou quando você conheceu a dança? Iniciei aos 7 anos de idade:

Formação Acadêmica :

Escola de Ballet Clássico Municipal de São Paulo

Ballet moderno da Escola de Dança Lions em Piracicaba

Jazz na Escola de Dança Lions em Piracicaba

Ballet Moderno na Escola de Ballet Joyce Kermmam em São Paulo

Jazz na Escola de Ballet Joyce Kermmam em São Paulo

Cursos Adicionais

Jazz no The American Ballet Center em Nova York

Jazz na Academia Joffrey Ballet em Nova York

Ballet Clássico Academia Staguim em São Paulo

Jazz na escola de Ballet Odete Motta Raia em Campinas

Jazz na Academia Raça em São Paulo

Experiência Profissional

Bailarina da Cia de Dança Joyce Kermmam em São Paulo por 4 anos

Professora de Dança da Academia de dança Núcleo Artístico em Araras por 5 anos

Professora de Dança da Academia Pequerrucha em Matão por 5 anos

Bailarina do SBT no Programa do Gugu Liberato “VIVA A NOITE “

Atuou em várias peças Musicais e Espetáculos de Dança em São Paulo e Campinas

Professora por 14 anos na Academia de Dança Portal Esportes em Piracicaba

Professora de Dança no Espaço 10x21 em São Paulo por 5 anos

Diretora e Professora do Espaço Cultural For Life Foundation em São Paulo

Possui um Portal de Curso on line de Dança

Possui uma Companhia de Dança, onde faz apresentações por todo Brasil e por 3 vezes nos EUA

Há 10 anos possui uma Escola de Dança São Paulo que leva seu nome Vivian Lazzerini

HÁ 10 anos realiza um espetáculo de dança chamado "Celebre” em São Paulo, onde dirige e coreografa .

2. Quais dificuldades enfrentou ao iniciar a sua carreira na dança?

As dificuldades sempre são muitas na carreira de um artista, começando pela disputa, concorrência, naquela época não tínhamos tantos musicais, e a vida de uma bailarina era dura, havia o preconceito, treinava 8 horas por dia, pois para ser bem sucedido precisava ser integrante de um Cia de dança, mass eu mesma não enfrentei tantas dificuldades graças a Deus! Dediquei-me em dançar para companhias e dar aulas.

3. Quando houve inicio nesta relação dança e religião?

Após minha conversão em 2001. Tinha parado de dançar e quando comecei a frequentar uma igreja vi que nos cultos haviam grupos de danças, mas muito mal preparados, foi ai que eu comecei a trabalhar dando aulas para minha equipe e quando eu vi, estava gravando meu primeiro DVD de vídeos aula em meu meio .

4. De que forma você observa esta inserção desta dança, classificada como gospel ou cristã, no contexto da dança brasileira?

Não acho que nós temos muito espaço, como disse neste meio ninguém quer investir muito, fazer de qualquer jeito está bom... Não temos uma inserção no mundo da dança e poucos sabem que existem profissionais nesta área, todos acham que a dança Gospel e bem fraca e sem maiores expressões!

5. Como artista dentro do contexto que hoje você se encontra, quais são as dificuldades, e quais são as formas que você encontra para a expansão do seu trabalho o quanto artista?

Como disse as dificuldades são muitas para ingressar em uma Cia gospel ou em uma equipe de dança Gospel, não tem que ter formação acadêmica nenhuma (o que é errado), muito difícil de achar um bailarino(a) profissional em nosso meio, os pastores e líderes não dão muito espaço para a dança e é justamente porque aqueles que dançam não tem expressividade, postura e uma dança que tenha uma mensagem ou linguagem positiva. As formas que eu tenho para expandir meu trabalho são : comprometimento, excelência, profissionalismo, entendimento e conhecimento da palavra de Deus, buscar bastante direção e orar para que nós bailarinos cristãos possamos ser luz na vida de todos e dançar com o coração e não como uma obrigação. Tentar me aperfeiçoar ao máximo, ter uma equipe, ou Cia capacitada e madura, fazer muitas aulas ainda, inovar, crescer junto com o mundo no que diz respeito a tecnologia (internet) e ter um caráter integro.

"Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".

Mateus 22:14

6. Qual o seu maior propósito em quanto artista, sente-se realizada com o que alcançou?

Meu propósito maior é levar a palavra de Deus com uma linguagem dançada, capacitar pessoas através da minha escola e da minha plataforma on line. Sim, me sinto muito realizada e sinto que ainda tenho muita serviço pela frente ... Que a minha Dança alcance o coração de Deus! (Hebreus 12:28)

7. Qual a sua opinião sobre a profissionalização em dança dentro deste contexto que estamos a abordar?

Sou totalmente a favor porquê as pessoas dançam tão bem para um público ou uma plateia com tanto profissionalismo e nós que dançamos para adorar e louvar a Deus temos que fazer de qualquer jeito. Meu objetivo é sempre fazer mais e ser mais profissional possível nesta arte.

O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim;. Oséias 4:6

8. Qual mensagem você deixaria para os artistas, que também vivem e/ou trabalham com a dança, sobre tudo dentro desse contexto do qual tratamos, dança e religião?

Queridos, façam aula, leiam a palavra, intimidade com Deus é essencial para que DEUS use nossa arte como instrumento, vamos ganhar vidas!! Restaurar aquilo que ainda não foi restaurado, tentem se aperfeiçoar, investir em seu chamado, se olhem, analisem aquilo que estão fazendo , porque estão fazendo e para quem estão fazendo e se você esta no propósito e se realmente Deus te chamou para isso .

O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria. Provérbios 18:15

Para conhecer mais acesse: http://www.vivianlazzerini.com.br/

Até a próxima, amigos, se Deus quiser <3

Obrigada Espírito Santo

Para as futuras gerações de Ministérios e Cias de Danças das Igrejas Evangélicas,

Queridos irmãos em Cristo,

É com muita alegria que escrevo esta carta, contando um pouco a respeito de um tempo que muitos de vocês desconhecem, mas para mim é prazer relatar um pouco das conquistas, desafios e muitas histórias para que hoje pudessem ter o espaço da dança em nosso segmento.

Sou de um tempo onde a nossa arte, em específico a dança não podia fazer parte da liturgia, cultos e programações. E posso dizer sem reservas que tive a alegria de ver aos poucos esta arte tão linda entrar em nosso espaço. Não entendo ao certo porque não se pôde dançar, mas também compreendo que tudo tem seu tempo certo para acontecer.

Deixa eu contar pra vocês, em particular vivi algo peculiar, a nossa família começou a frequentar a Igreja Batista quando eu tinha 9 anos, e muito criança convivi com esse universo de amor a Deus e fraternidade, porém, por outro lado, na Escola Fundamental sempre convivi com as artes, nunca vou esquecer o papel especial que a Escola Parque teve em minha vida por me proporcionar a oportunidade da fazer arte, mesmo sendo de família pobre e sem condições para estudar a dança, teatro e artes. Lá conheci a dança Afro-brasileira, o Jazz, o Balé clássico que desde pequena sempre sonhei em fazer, contudo não tivemos como pagar, conheci o balé moderno e assim a dança entrou em minha vida. O que fazer então? Se eu vivia em dois ambientes? Como não levar esse corpo que dançava durante toda a semana na escola para igreja nos fins de semana?

Como toda adolescente dentro da igreja sempre fiz parte de grupos e por ser bastante comunicativa, sempre era escolhida para fazer alguma participação teatral ou algo assim, por falar nisso, o teatro era um ponto que sempre atraia os jovens nas igrejas e não tinha como não acontecer em grupos e programações.

Um belo dia em uma programação de Jovens e Adolescentes, um grupo de outro estado se apresentou fazendo uma coreografia de suas canções, mas aquele momento ainda não foi crucial em minha vida, porém me fez pensar que a dança era sim possível em nosso meio. O momento que me marcou foi anos depois quando participei de um congresso onde muitas denominações de igrejas evangélicas participavam, onde fiz parte da encenação de abertura, e durante o processo de ensaios foi nos apresentado uma bailarina que tinha entrado a pouco tempo na igreja. Sim, houve o momento em que eu quis essa dança, foi quando essa bailarina dançou naquele altar, o que posso falar dessa dança? Posso te dizer que hoje vi naquele corpo traços de balé clássico, mas também vi uma dança que não tinha visto em nenhuma escola de dança das técnicas que apreendi, hoje posso lhes dizer que aquela dança era uma verdadeira adoração a Deus. Aquela dança agradecia a Deus, amava a Deus, tinha algo encantador que marcou uma adolescente de 13 anos no inicio da década de 90, que ainda não sabia como lidar com os intemperes da vida.

E hoje o que posso lhes contar, que depois dessa experiência marcante, comecei a traçar um novo caminho a respeito desta dança dentro deste ambiente desafiador que é a igreja. No ínicio houve resistências e dificuldades, como em tudo na vida, mas nada que não nos impedisse de prosseguir. Os desafios da evolução de uma geração foram cruciais para modificação e aprimoramento neste sentido de aceitação e inserção neste novo contexto de igreja se assim posso chamar, isso ficará para uma outra carta.

Só quero dizer que tudo que aconteceu e vem acontecendo ao longo desses 25 anos da trajetória da dança dentro das igrejas, só vem reafirmar o papel da arte na sociedade - e como a multiplicidade pode adorar a Deus. Espero que possamos conversar diversas vezes e que a cada conversa venhamos a contribuir para a expansão da Dança em nosso meio. Certa que esta será a primeira de muitas cartas me despeço com um grande abraço.

Cíntia Sant'Anna

Um dia Jesus chegou nos discípulos e disse: “Carreguem uma pedra para mim.”. Ele não explicou nada, então os discípulos procuraram pedras para carregar; Pedro, que era muito prático, procurou a menor pedra que pudesse encontrar. Oxe, Jesus não tinha dito nada sobre tamanho e peso! Não valia a pena fazer esforço desnecessário. Assim, Pedro colocou sua minúscula pedra no bolso. Então Jesus disse: “Sigam-me ~~os bons~~.” E eles o seguiram pela estrada.

Meio dia, a fome começou a apertar, então Jesus pediu que todos se sentassem. Transformou todas as pedras que os discípulos carregavam em pão e disse: “Vamos comer.”. Em apenas duas mordidas, o pão de Pedro acabou, mas o ronco do estômago continuou.

Depois do rango, Jesus pediu que todos levantassem. E disse denovo: “Carreguem uma pedra para mim.”. Pedro, super esperto, pensou: “Ahá! Agora eu entendi!” olhou em volta e procurou a maior pedra que pudesse encontrar. Suspendeu a pedra, tão pesada que ele mal conseguia andar. Mas pensou: “Mal posso esperar pelo jantar.” Então Jesus disse: “Sigam-me.” E eles seguiram, Pedro ficando um pouco para trás.

Na hora da janta, Jesus levou todos eles para a margem de um rio e disse: “Agora, quero que todos joguem as pedras na água.” E todos jogaram as suas pedra no rio. Depois disse novamente a eles: “sigam-me”, e começou a andar. Pedro e os outros olharam para ele, sem entender bem. Jesus suspirou e disse: “Não se lembram do que eu pedi que fizessem? Por quem vocês carregaram as pedras?”.

A história de “Pedro e a Pedra” foi tirada do livro ” O Deus pródigo” de Timothy Keller, publicado pela Thomas Nelson Brasil; que por sua vez cita Elisabeth Elliot em “These strange ashes”. Mas eu dei uma adaptada, rs.

Seguimos a Cristo por quem ele é ou pelo que Ele pode fazer por nós? Temos sido impulsionados a servi-lo por amor ou por medo? Para ser mais parecidos com Ele ou para ter as suas bençãos? Vamos refletir um pouco sobre esse assunto? Assista a essa mensagem do Tim Keller, e entenda o verdadeiro sentido do Evangelho através de uma nova perspectiva da Parábola do Filho Perdido.

Há aquelas fotos de revista de escola bíblica, aquela propaganda de margarina com aquele sorriso exposto, aquele ministério dos sonhos, aquele instagram muito bem administrado. Tudo é tão perfeito que eu também quero entrar no clube, e me esforço para isso, contudo não consigo (o que já era esperado) e fico na fila dos frustrados. No século 21 com a facilidade da projeção de imagens a perfeição parece se exalar nas redes, assim como o patamar inalcançável, e isso entrou em meio aos crentes com tudo. Mas é necessário lembrar que de perto ninguém é normal?

O Evangelho é uma mensagem de boas novas, que precisamos nos arrepender, pois é chegando o Reino dos Céus, e se eu me arrependo é porque há um erro, e esse erro é o pecado, o Evangelho é para pecadores! E o reconhecer isso é fundamental, nós não somos seres perfeitos, você que está lendo isso agora é pecador, e mesmo sendo crente... VOCÊ PECA, e a Bíblia não para de falar sobre isso!

Romanos 3:10-12

Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer;não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus.Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer".Romanos 3:10-12

1 João 1:10

10 Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

E sabe aquele ministério que você tanto admira e o acha um sonho? Que as fotos são lindas de oração, de eventos, cheios de testemunhos? É feito por pecadores. Posso até me esconder entre os flashes de luz na câmera, entretanto de perto todos nós somos pecadores, e se você passar uns dias comigo - e as vezes horas - irá perceber as besteiras que faço ou os meus olhares (porque tem dia que tentamos até montar a perfeição, mas as nossas expressões revelam muitas coisas). Temos levado essa imagem de mundo Disneylandia e isso tem nos cansado demais, o caminho é árduo, é estreito, e passamos por muitas dificuldades, e caos. Então qual é a diferença que há na vida do cristão, já que todos somos pecadores e estamos submetidos ao sofrimento também?

1 João 1:9

9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.

A confissão da necessidade em ser salvo, a graça é manifesta, e aí está a diferença. A GRAÇA DE DEUS, GRAÇAS A DEUS. Entende? Nós continuamos sermos pecadores, mas pedimos perdão, e Ele nos perdoa e nos dá a oportunidade de sermos servos, amigos e filhos dEle.

Romanos 5:20-21

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça,a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.Romanos 5:20,21

Não corra atrás de ser perfeito, corra atrás daquele que É PERFEITO, permita-O que Ele te aperfeiçoe (e isso só acontece durante a sua fraqueza! 2 Coríntios 12:9), não pense que o outro alcançou a perfeição, ou não se permita assumir isso para si mesma "estou bem do jeito que estou!". Estejamos em constante oração (1 Tess, e quando esperamos/descansamos em Deus nunca seremos frustrados.

Filipenses 3:12-15

Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante,prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá.Filipenses 3:12-15

Fiquei feliz por não ter escrito muito nesse texto, deixo pra nós os versículos para lermos e relermos! Semana passada não teve postagem aqui no blog, e a série #prontidão ainda não acabou, aguarde que virá resenha de livro (não vejo a hora, confesso!). Por fim quero lembrar: NÓS NÃO SOMOS PERFEITOS, CRISTO É PERFEITO! E fica para o fim...

1 Coríntios 13:10

10 quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.

ELE ESTÁ VINDO! A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ CHEGANDO!

Até a próxima, fiquem com Deus, e lembrem-se sempre: estamos dispostos a conversar sobre o assunto, tirar dúvida, aconselhar.

- Obrigada Espírito Santo -

Este é um #PostAmigo da Série sobre Prontidão Para a Pregação do Evangelho que começou na semana passada: veja o último post. Ele foi escrito por Rafael Reis, parceiro do Alfa e Ômega. Nós agradecemos a participação de Rafa, tenham certeza de que verão muitos posts dele por aqui, por que nós amamos os nossos amigos e exploramos eles, rs.

Existe muita gente a fim de conversar por aí, o problema é que não sabemos iniciar e desenvolver essa conversa.

Evangelismo precisa ser um termo mais dinâmico na cabeça dos cristãos. Normalmente é um ato ou evento chato, mecânico, desinteressante e enfadonho que tem a ver com a entrega de folhetos e a pronúncia de umas frases clichês.

Não estou aqui para dizer que esse tipo de ação não pode ser usado pelo Espírito Santo para convencer alguém do pecado e do juízo, mas que é necessário esforço para tornar o evangelismo mais relacionável para a Glória de Deus.

Vamos pensar em Jesus. Ele conversava com as pessoas sobre o Reino. Sua comunicação se baseava em perguntas, respostas e reflexões, havia troca na relação. A conversa no poço com a Samaritana, dentro da casa de Zaqueu e aquelas que aconteceram no meio da rua.

Um amigo recentemente me disse “a cada dia de evangelismo eu entendo que preciso ouvir mais as pessoas”. Essa afirmação é bastante interessante, pois se quisermos um evangelismo eficaz, precisamos mostrar como Jesus pode saciar a sede daquela pessoa. Obviamente a noção de pecado e a salvação única em Cristo são pontos comuns que necessitam estar presentes em todos os momentos de evangelismo, pois todas as pessoas precisam conhecer essa verdade, mas nem sempre o meio utilizado para chegar nessas afirmações será o mesmo. Por isso é necessário conhecer quem você está comunicando para desenvolver a mensagem de forma mais relevante.

Mas se eu somente me encontrar com aquela pessoa naquele momento e nunca mais vê-la na vida, não seria importante eu dizer tudo de relevante no evangelho de uma vez? Os estadunidenses amantes da estatística calcularam que em média uma pessoa ouve 10 vezes sobre o evangelho antes de decidir seguir a Cristo. Em muitas das ocasiões você não verá a conversão, mas servirá de guia na trajetória espiritual daquela pessoa. Portanto seja relevante pra ela naquele momento. Ela deu espaço? Seja uma visita agradável. Ela precisa desabafar problemas? Ouça. Ela pediu um conselho? Dê. Permita que seja uma troca, que o evangelho se traduz em ações naquele momento. Existe uma garantia muito maior que dessa forma ela se importará mais com as palavras do evangelista quando ele anunciar o evangelho.

As pessoas não têm com quem conversar. Mesmo vivendo no século da comunicação, o bom e velho bate papo presencial, que nunca será substituído, não é bem praticado. Então numa oportunidade sincera de trocar experiências, é comum que a maioria das pessoas se abra, mesmo para um desconhecido, pois provavelmente elas não têm com quem conversar ou não podem falar de suas dúvidas e angústias com seus amigos.

Às vezes escutar demais incomoda, parece que estamos perdendo tempo, mas esse pode ser o grande trunfo no evangelismo. Não posso dizer que não existem exceções. Algumas conversas não vão para lugar nenhum, então é necessário que você as encaminhe para um fim. Ouvir bem as pessoas te dá a oportunidade de falar o que exatamente elas precisam ouvir.

Já tive longas conversas que fugiram das fórmulas de evangelismo em praças, na cantina da universidade, na porta de casa, ao lado de um estádio, próximo a um ponto turístico e numa esquina de rua no meio do Carnaval. Cada uma delas foi única, impossível de reproduzir, porém todas apontavam para Cristo. Seja sensível e não tenha medo de sempre ter algo pronto para dizer. Escute, ouça e então fale principalmente da sua experiência em andar com Cristo e sobre todas as razões que reafirmam essa decisão todos os dias. Todo mundo sabe falar sobre isso. Também é evangelismo.

Rafael Reis #PostAmigo

Confira o post anterior da série sobre Prontidão Para a Pregação do Evangelho que começou na semana passada: clique aqui.

Começamos hoje, novamente com uma pergunta, e agora é sobre prontidão, um dos conceitos da palavra pronto é "Disposto, desimpedido: estou pronto para ajudá-lo" há algum tempo que um versículo em relação ao tema tem me perseguido e queria compartilhar, meditar com vocês sobre. Vamos nessa?

Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,

1 Pedro 3:15

No filme A mentira, a personagem principal Olive (Emma Stone) inventa uma mentira que ao ser escutada pro Marianne (Amanda Bynes), líder do núcleo cristão da escola, que estava no partimento do banheiro, espalha o boato para toda a escola. Durante a obra cinematográfica a fofoca vai tomando proporções incalculáveis e com ajuda de Marianne - e outros fatores - a vida de Olive torna-se um caos. Num determinado momento ela sente-se tão só e com tantos conflitos que tenta entender o Cristianismo, em primeiro instante busca a Bíblia, mas quando se depara com o livro seu pensamento é:

1) "A Bíblia é um livro muito grande e não vou conseguir ler tão rápido assim!"

Muitas pessoas tem curiosidades sobre o Evangelho, como Olive ou a partir de suas próprias situações, uns (raros) param diante da Bíblia e leem - consequentemente terão dúvidas (mas falarei sobre isso em outro momento), outros vão olhar e ver a quantidade de páginas e rapidamente se desviarão do propósito de leitura, é nesse momento que os cristãos devem entrar com aquela frase clichê "Nós devemos ser a Bíblia aberta, de modo que aqueles que não a leem, tenham conhecimento através da nossa vida.". O corpo, o cotidiano, fala e nossas atitudes devem ser coerentes a Palavra - ela deve ser viva em nós, também.

“Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.”

― Francisco de Assis

Depois de desistir de ler a Bíblia Olive busca alguém que explique a ela o Evangelho, em seus pensamentos revela "No fim eu só queria alguém pra conversar", quando a mesma chega no pastor da cidade, se depara com um pastor altamente despreparado para dialogar com o outro.

2) Você está pronto?

Nesse ponto há várias questões, a crucial é: você sabe explicar por quê você vai à igreja? Por que Jesus vai voltar? Por que você se considera salvo? Por que... Por que... Por que? Atualmente vivemos em um imenso automático em alienação dentro da igreja, dizemos que cremos, mas nem sabemos no quê. Se eu te perguntasse sobre algum amigo seu, você saberia responder? Provavelmente a resposta será "Sim", e sabe como conhecemos os nossos amigos? Porque convivemos com eles, dialogamos, temos contato. Muitos de nós não conhecem a Deus, não estuda sobre Ele, vive a mercê do que sobra da intimidade do outro por isso se ver totalmente vulnerável, despreparado, na explicação do Evangelho.

3) Sensibilidade: a falta do amor e mansidão

Como eu disse Olive no fim queria conversar, mas na primeira palavra que ela emitiu ao pastor o mesmo respondeu abrupto e é perceptível que ele não a escuta, só quer demonstrar o quanto tem razão. Sabemos que isso não é nada extraordinário no meio cristão, em todo tempo há uma necessidade em falarmos que quando temos uma oportunidade largamos tudo - até ficar sem ar - e deixamos de lado a sensibilidade pelo o outro (O que Jesus fazia lindamente!). No versículo de 1 Pedro 3:15 fala sobre sermos mansos ao explicarmos, os dicionários ao conceituar essa palavra fala muito sobre ser calmo, sensato, ter domínio sobre si e controle da situação, quantas vezes você já viu até mesmo um evangelismo acabar em debate? O cristão perde controle sobre a situação, se irrita e quer terminar a conversa determinando que ele é o certo, esquecendo-se de que quem convence o homem é o Espírito Santo e o nosso trabalho é falar em amor, mansidão e temor.

O que acaba acontecendo é a pessoa indo embora com uma péssima imagem de Cristo na cabeça. Estamos nos últimos dias, há uma contagem regressiva bem expressa em todo canto falando que breve o Senhor voltará, há pessoas chegando até nós necessitadas de uma explicação do real motivo o qual cremos em Cristo e precisamos estarmos prontos SEMPRE. Jesus fala para aprender com Ele que é manso e humilde de coração, não há melhor pessoa para nos ensinar sobre sermos sensíveis, sobre como amar o próximo como a nós mesmos. Precisamos repensar nosso modo de explanar o Evangelho, não estou falando de omitir palavras, estou falando de explicar em amor, pensar no outro.

Esse assunto dá em muitos outros, espero poder continuar a falar sobre isso aqui. Então fique ligado/a, porque recebemos uma ordem e precisamos cumpri-lá (por amor): esteja pronto.

Não estamos só,

Cristo nos deu o Consolador, o Espírito Santo,

nosso Professor.

- Obrigada Espírito Santo -

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